quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

EXCLUSIVO: ''Nunca tive ciúmes. Eu dava risadas quando amigas perguntavam do meu pai'', diz Júlia Fajardo

Se em Fina Estampa, o Pereirinha não foi um exemplo para os filhos, na vida real, José Mayer faz o estilo "paizão" para Júlia Fajardo, fruto do casamento do ator com a atriz Vera Fajardo. Ela fez uma pequena participação em Páginas da Vida, exibida em 2006 pela Rede Globo e, este ano, fará um papel de destaque em O Rei Davi, que está no ar na Rede Record. Júlia será Tamar, filha do Rei Davi (Leonardo Brício), que é estuprada pelo irmão. A atriz contou que o pai já chegou a fazer perguntas a respeito desta cena do estupro, devido ao trabalho na série ser algo que vai apresentar a atriz ao grande público. "Levamos quase dois dias para gravar. A cena foi forte, mas muito bem cuidada", revela. Os olhos da moça brilham quando fala dos pais. "Um dos meus sonhos é ter os dois juntos comigo no palco". Em entrevista exclusiva à Contigo! Online, Júlia fala da harmonia familiar, de como é ser filha de um dos maiores galãs das novelas brasileiras e também sobre a decisão de seguir a mesma carreira dos pais.


ENTREVISTA CONTIGO! ONLINE.


Contigo! Online: Você é filha de um dos maiores galãs da TV. Já teve ciúmes? Viveu alguma situação engraçada por conta disso? 


Júlia Fajardo: Nunca tive ciúmes, eu dava risadas quando minhas amigas perguntavam sobre meu pai. Eu vivi uma situação muito engraçada quando eu tinha uns 15 anos. Uma amiga, mais ou menos da minha idade, foi lá em casa e pediu para ver onde meu pai dormia. Eu deixei e ela ficou encantada, falava: ‘Nossa, é aqui que ele dorme’.Depois ela pediu para conhecer o banheiro e ficou lá sentada no vaso sanitário olhando tudo, tipo ‘é aqui que ele fica’ (risos). Outra amiga minha já mais velha, às vezes, me pergunta. ‘E aí como está o José?’. Eu morro de rir, meu pai já virou José para ela. 


Contigo! Online: E fora das telas. Como seu pai é? 


Júlia Fajardo: As pessoas podem pensar que ele é meio sério, tipo galã, mas ele é caseiro e super brincalhão. Ele brinca e pergunta: ‘Não sei o que viram em mim. Eu não sou bonito’. Alguma coisa viram né? (risos). 


Contigo! Online: Com quem você se acha mais parecida? 


Júlia Fajardo: Acho que sou uma mistura, tanto na aparência quanto na personalidade. O meu pai é muito brincalhão, mas também é mais caseiro, gosta de ficar na dele e eu tenho esses momentos. Agora eu tenho uma alegria muito grande, característica da família da minha mãe. 


Contigo! Online: Seus pais souberam lidar com a fama. E você? Está preparada? 


Júlia Fajardo: Meus pais sempre foram muitos discretos e reservados. O assédio era mais em cima dele, mas ele é muito tranquilo quanto a isso. Acho que isso tudo faz parte e acho que vou saber lidar com isso assim como meus pais. Eu sei que sou mais jovem e no tempo deles, o assédio não era tão grande, a exposição era menor. Eu nunca vou deixar de sair por conta do assédio. Acho também que tudo é uma questão de diálogo. Quando estou com meu pai e algum fotógrafo se aproxima, paramos, posamos e pronto, acaba ali. Se você começar a fugir de tudo, vai enlouquecer. 


Contigo! Online: Falam que os pais são sempre muito protetores da filha única. Você já até mora sozinha. Como foi isso? 


Júlia Fajardo: Eu resolvi morar sozinha aos 23 anos. No início, senti um pouco de medo de falar essa decisão, afinal, a vida lá na casa dos meus pais era uma delícia. Nunca fui mimada ao ponto de ter tudo o que eu queria, na hora que eu queria, já recebi muito não. Só que o mimo vinha naquela forma de carinho. Até hoje falo com eles todos os dias. O meu pai brincava que eu poderia morar no anexo da casa, que é o escritório dele. Considero que foi muito bom, muito importante para nossa relação e para o meu crescimento. 


Contigo! Online: Existe uma lenda de que quem passa a morar sozinha, se desacostuma a morar junto. Você quer casar? Ter filhos? 


Júlia Fajardo: Sim, quero sim. Quero casar ainda e ter mais de um filho, pelo menos. Acho que filha única sempre tem esse desejo. Ter mais de um filho. Quando era bem pequena sentia falta de irmãos. Já em adolescente não, parece que adolescente briga muito com os irmãos, vejo com os meus amigos. 


Contigo! Online: Você pedia irmãos para seus pais? 


Júlia Fajardo: Sim, mas eles também queriam mais filhos. A minha mãe perdeu dois filhos depois de mim. Eles já demoraram em me ter, depois tentaram e perderam. Enfim, eu acho que tinha que ser filha única. 


Contigo! Online: Você está diante de um desafio no Rei Davi. Como foi gravar a cena em que a sua personagem é estuprada pelo irmão? 


Júlia Fajardo: No começo, a Tamar é amorosa e doce. Ela tem uma boa relação com os dois irmãos e jamais poderia imaginar que um deles iria mudar e sentir desejo por ela. Depois do estupro, ela passa a sofrer muito. Ela se sente culpada porque um irmão manda matar o outro por conta desse estupro. Demoramos quase dois dias para gravar a cena, que é muito forte, mas foi muito bem cuidada. Depois fui para maquiagem para caracterizar como ela fica após a violência e chorava ao ver as roupas em farrapos, as manchas roxas, arranhões. Tenho a pele muito sensível e não tinha como não sair sem nenhuma mancha roxa de verdade, apesar de todo o cuidado que tiveram comigo. 


Contigo! Online: Quais são seus sonhos? 


Júlia Fajardo: Nossa, são tantos (risos), Quero ter filhos, fazer cinema e fazer um trabalho encenando com a minha mãe e meu pai juntos. 


Contigo! Online: Você está namorando agora? 


Júlia Fajardo: Pode colocar aí que eu estou feliz? (risos) Ou então vou usar aquela frase. Não falo da minha vida pessoal (risos).

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